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domingo

Sentimento do Mundo...

Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige na confluência do amor.
Quando me levantar,
o céu estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo,
morto o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso, anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação do sineiro,
da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados ao amanhecer
esse amanhecer mais noite que a noite.

(poema: Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade)

sábado

Sons, risos e coca-cola...

Aos sons de tambores meu coração ritmava...
Aos risos mais risos...
A coca-cola distante...
A nossa comida no mar...

Aos sons de mon amour...
De garçon...
Ao luar do Recife...
A maresia do cais...

Dos tum tum tum...
Dos pandeiros...
Do cavaquinho...
E bandolim...

Do chamado do tubarão...
Na escuridão...
Na certeza do ir e vim...
Das marolas do mar...

Da bicicleta feita...
Do corinthias...
Do sport...
Do NÁUTICO...

Dos cochilos...
Dos ombro...
Da fome
Do mundo...

quinta-feira

Encontros subversivos...

À noite tava muito massa. O céu limpo, estrelas, o clima tava muito agradável e ao som de musicas protestantes, essa parte prefiro pular!
O não encontro no busão...
O encontro na Guararapes...
Relembrou a primeira vez...
Impactou de fato!
Vestes de vermelho...
E um lindo sorriso...
Passo a passo a cultura...
Livro a livro para as risadas...
História, filosofia e artes...
Capricho, tititi e Teens...
Bob Dylan, Beatles e João do Morro...
É o Tchan, Gerasamba e Katinguelê...
Passo a passo...
Ruas e esquinas...
Louvores e adorações...
E praça do arsenal...
Conversas...
Sentir muito bem seu perfume...
Observei bem melhor o vermelho...
Seus cachos...
Seu sorriso...
Passo a passo...
Por pontes...
E praças...
Parada...
Engenho do Meio...
E o XERO final...
Ufa...
Que saudades dela...

Vamos ocupar a UNE

A atual gestão da UNE, iniciada em 2007, reflete esse momento geral de dispersão do ME e da ação política da UNE.

No debate mais geral, as forças políticas que constroem a UNE acertaram ao assumir a elaboração do projeto de reforma universitária da UNE como prioridade de gestão em relação à educação. Na mesma busca por unidade com outros movimentos sociais, outro acerto foi a construção da Jornada de Lutas em defesa da Educação Pública, em agosto de 2007, e a participação no Plebiscito da Vale, no mesmo semestre.

No debate do REUNI, contudo, a posição da direção majoritária da UNE permaneceu vacilante e conciliatória. A resolução sobre o Programa aprovada na primeira reunião de diretoria por amplos setores da entidade se estruturava a partir de uma crítica acertada sobre a ausência de debates e prazos para aprovação dos projetos enviados ao MEC; reconhecia a expansão da rede federal promovida pelo REUNI como um avanço, mas reivindicava a derrubada dos vetos de FHC ao PNE e apresentava de forma clara sua oposição a diplomação intermediária presente nos Bacharelados Interdisciplinares.

Essa política, combinada com um decidido chamado a mobilização dos estudantes das federais, poderia ter impulsionado lutas em defesa da expansão com qualidade por nós defendida. A postura de alguns setores da UNE, contudo, caminhou em sentido oposto em muitas universidades, num misto de adesão acrítica, omissão, ou organizando “tropas de choque” das reitorias nos conselhos superiores.

No plano interno da entidade, também tivemos idas e vindas. O fato é que a oposição interna e a presença do divisionismo obrigaram no último período a força política majoritária da UNE a incorporar algumas mudanças na gestão, como a valorização formal dos fóruns da entidade e a retomada da periodicidade do CONEB.

Embora importantes, essas mudanças não deram conta de representar um processo concreto de democratização da entidade. Parte delas, inclusive, como o Conselho Fiscal e Editorial da UNE ainda têm que sair do papel. Em linhas gerais, são mudanças extremamente insuficientes para os desafios que a UNE possui no próximo período.

Na verdade, no essencial nada mudou, ou seja, a relação da UNE com o conjunto do ME continua limitada e insuficiente e a linha política e o controle da estrutura da UNE continuam centralizados. Em uma imagem literária, poderíamos fazer referência ao personagem da conhecida obra do autor italiano Lampedusa, “O Leopardo”, que a certa altura diz que é “preciso mudar, para tudo permanecer como está”.

Ao mesmo tempo, ficou evidenciado que apesar de todos os limites, a UNE possui grande potencial de mobilização. Mesmo não assumindo a responsabilidade de pólo organizador da luta estudantil no último período, constatamos a presença política da UNE, manifestada pelas diversas correntes de opinião da entidade, em todas as últimas grandes ocupações e mobilizações estudantis.

Por isso, defendemos que a UNE pode cumprir um papel importantíssimo na defesa do direito à educação pública e gratuita para todos(as), no combate à sua mercantilização e no fortalecimento do movimento estudantil brasileiro. É com essa convicção que participamos, construímos e disputamos seus rumos no dia-a-dia das lutas estudantis.

Defendemos uma outra hegemonia política no movimento estudantil. Uma alternativa capaz de agregar os setores que pautaram historicamente a democratização da UNE, em momentos como a implantação da proporcionalidade na composição de sua diretoria, na construção do Mude (Movimento UNE Democrática), na luta pela realização periódica dos fóruns da UNE como o CONEB e no impulso dado a iniciativas como os Encontros de Mulheres, Negros/as e a criação da Diretoria LGBT da UNE.

Por isso é que devemos reivindicar e disputar a UNE na base, em cada passeata, ocupação de reitoria e luta política na sociedade. Fazer isso é mostrar que o lugar dela é na rua, mobilizada e presente nas lutas estudantis.

Desta disputa, não abriremos mão. Ter essa postura não é se tornar refém da política moderada da maioria da UNE. Ter esta posição é optar pela disputa de opinião e hegemonia de um conjunto maior de estudantes e entidades que têm referência na União Nacional dos Estudantes. Fazer esta movimentação é por em prática, novamente, a postura que os setores combativos do ME tiveram nas greves de 1998 e 2001, no Plebiscito do Provão, na campanha contra a Mercantilização da Educação e em todos os demais momentos que a maioria da UNE se omitiu em construir a luta dos estudantes.

quarta-feira

Meia entrada

Está se discutindo no Congresso Nacional o direito de meia-entrada dos estudantes. Uma discussão inconstitucional, por sinal.

Inicialmente, é de se reconhecer a intenção lucrativa de todos os empresários. Mas, questiono essa intenção lucrativa, o que farei no final.

O início da discussão foi a apresentação do projeto de lei, pelos senadores Flávio Arns (PT-PR) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que regula em nível federal a meia-entrada. Hoje, as leis que regulam a meia-entrada são estaduais e municipais.O resumo da discussão se dá basicamente em torno da lucratividade. O empresário que quer lucrar, já prevendo a meia-entrada, dobra os preços. Por exemplo, um show de Marisa Monte, que sairia R$50,00 para todo mundo, e com lucro, se não existisse meia-entrada. Como existe a meia-entrada, se o preço de R$50,00 a inteira fosse mantido, haveria prejuízo. Como o empresário QUER lucro, ele dobra os preços, ou seja, a meia passa para R$50,00, e a inteira passa para R$100,00. O empresariado diz que, mesmo com esse preço, ainda há um grande número de meia-entrada.Pois bem... e o que a lei original queria fazer?

Queria:

1) limitar a emissão de carteiras de estudantes a uma fonte única, definida pelo Ministério da Educação [ironia ligada] (claro que não seria a UNE) [ironia desligada];

2) estipular uma cota de até 30% para a meia-entrada.

Quando souberam da lei, UNE, produtores culturais e exibidores voaram para Brasília para começarem as negociações.

Chegou-se a um consenso: substituiu-se a cota de 30% por uma alternância nos dias em que se pode usar a carteira: shows e teatro concederiam o benefício de domingo a quarta; e o cinema, de segunda a sexta, menos feriados. Da forma como foi assinado, a UNE não concordou, e colocou um adendo embaixo do nome do representante que assinou o acordo, afirmando que o projeto também deveria contemplar os finais de semana. Adendo esse que não foi respeitado. A Senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), relatora do projeto de lei, quer pô-lo em votação próxima semana. Mas, ainda existe o impasse.

Aqui começa a opinião, sem entrar ainda na questão jurídica. Lançaram, recentemente, o mês do cinema brasileiro, com filmes brasileiros a R$4,00, de segunda a quinta (ou sexta, não estou bem lembrado). Ora, quem tem o costume de sair nos dias de semana? Ninguém, né?! É a mesma situação: se houver limitação do uso da carteira estudantil aos dias de semana, haverá somente uma parcela ínfima da população que utilizará efetivamente. E é isso que o empresariado quer, e é exatamente isso o que o movimento estudantil não quer.

Botando um pé na questão jurídica... a meia-entrada para estudantes é uma das poucas coisas que a Constituição não fala (ou se fala, não achei). Mas fala sobre a Cultura, assim: "Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais." Nos dispositivos seguintes, especifica mais ainda. Ainda no artigo 215, fala-se em democratização do acesso aos bens de cultura. Ora, essa limitação do uso da carteira estudantil vai de encontro ao disposto no artigo 215, seja pela própria limitação do uso da carteira estudantil, seja pela via indireta da falta de estímulo à produção, valorização e difusão das manifestações culturais nacionais por parte do empresariado (vide o cinema, que é formado em 80% de filmes estrangeiros).

Aliás, os empresários ainda argumentam que se os estudantes trabalhassem, não precisava de meia-entrada. Ora, milhões de estatísticas já disseram e ainda dizem que o empresariado não oferece emprego para os jovens por falta de experiência destes. É muita hiprocrisia!Por fim, com os dois pés na questão jurídica... Não há qualquer referência a meia-entrada na Constituição nem em qualquer lei federal atualmente. Somente em leis estaduais e municipais há a disciplina da meia-entrada. Mas, de acordo com a Constituição, se uma lei federal posterior vier regular matéria já regulada em lei estadual, ficará suspensa a matéria contida nesta que for contrária à matéria contida naquela.A minha interpretação é de que há direito adquirido dos estudantes em razão da regulamentação contida na lei estadual. Mas, com certeza, se bater no Supremo, os Ministros alegarão que não há direito adquirido em lei estadual em razão de lei federal, em obediência ao princípio do pacto federativo.

Somente espero que os estudantes continem lutando pelo o que realmente é direito deles. A meia-entrada só existe no Brasil, um país que, ao contrário do que dizem, reconhece o valor da Educação e de seus Estudantes.

rumores, licores, rancores, amores e colchões!

Eu não pedi pra nascer... Nem tão menos nasci pra ter medo.
A vida é muito engraçada mesmo, alias, o mundo dá muitas voltas...
De um fulminante abraço...
Para um trágico desencontro...
Em um simples colchão...
Para o verdadeiro apagão!
Era um desejo em comum...
Mas, não tinha nenhum espaço...
Éramos “um” só...
Hoje dividimos...
Regados a vinho e uma boa conversa...
Para olhares transviados...
Sentimento é uma coisa louca realmente... Parece a bolsa de valores... investimos... ganhamos... perdemos...
Mas, no final de tudo percebo que ganhei muito mais do que investi, sei que demorou, porém, a sensação da reconquista é muito melhor.
Esse ano de 2008 está sendo o melhor!

Rá!

terça-feira

Acho que fomos rifados!

Certa vez quatro meninos foram ao campo e, por 100 reais, compraram o burro de um velho camponês.
O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.Mas quando eles voltaram para levar o burro, o camponês lhes disse:

- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.- Então devolva-nos o dinheiro!
- Não posso, já o gastei todo.
- Então, de qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos rifá-lo.
- Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.

Um mês depois, o camponês se encontrou novamente com os quatro garotos e lhes perguntou:

- E então, o que aconteceu com o burro?
- Como lhe dissemos, o rifamos. Vendemos 500 números a 2 reais cada um e arrecadamos 1.000 reais.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador. Porém lhe devolvemos os 2 reais e ficou tudo resolvido.

Os quatro meninos cresceram e tornaram-se amigos mais tarde de um sociólogo "bicudo".O "italianinho" fundou um banco chamado Marka, o "mais ousado" um outro banco chamado Opportunity, o "religioso", criou uma igreja para abençoar a todos e o último tornou-se Ministro do Supremo Tribunal Federal para que fosse-lhes garantidas a "Justiça" de Deus e a dos homens.

-E o sociólogo?
-Ah! Esse ajudou bastante...Afinal para "quem" serve os amigos?

Só algumas coisinhas!

Se eu pudesse deixar algum presente à você[s], deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.

Além do pão, o trabalho.

Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída. (Mahatma Gandhi)

Para todos que APOIARAM o interAJA e o Além dos muros eu deixo esse singelo agradecimento.

sexta-feira

NOTA DE AGRADECIMENTO A chapa “OUSAR: Além dos muros do CAHIS” vem agradecer a participação de todos e todas que se engajaram no processo eleitoral da Representação do Centro Acadêmico História. Quando todos achavam que não havia mais solução, a onda pela mudança tomou conta de Nazaré.

Por isso, diferentemente do que vimos até este ano, à chapa “OUSAR: Além dos muros do CAHIS” defende realmente a representatividade e a verdadeira pluralidade dentro do CAHIS e entende que os alunos devem estar unidos para que suas vozes sejam ouvidas e seus anseios virem realidade.

Assim, alunos e alunas da Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata votaram em um projeto, em uma idéia. Confirmaram nas urnas à vontade de uma representação coesa, coerente e forte, para defender nossas causas, enfrentar os docentes quando necessário e para que trabalhemos de forma verdadeiramente democrática e transparente. Os alunos e alunas assim decidiram: querem um CAHIS pró-ativo, eficiente, unido, plural, representativo.

Este é o nosso desafio. Em 2009, vamos arrumar a casa, consertar o que estiver errado, continuar o que estiver certo, trazer o CAHIS de volta para os alunos do curso de História. A época dos conchavos e da porta da salinha fechada acabou.

Os alunos e alunas escolheram e o “OUSAR: Além dos muros do CAHIS” se compromete a realizar, em 2009, um trabalho por uma representação decente.

Convido a todos a olharem por cima dos MUROS DO CAHIS e observarão CANAVIAL. Tal canavial é a verdadeira representação nazarena.

Muito Obrigado!

E continuem conosco para mudar o CAHIS para melhor!

Gestão 2009 - “OUSAR: Além dos muros do CAHIS”